Os bons apreciadores
usam de um ritual, e, de um vocabulário por vezes ininteligível aos não
iniciados...
Por isto convém conhecer-se um pouco, sob pena de se
"ficar de fora" quando à volta da mesa se discutir um vinho.
Se este é servido em
garrafa originária, a primeira atenção, embora discreta, do conhecedor deve
dirigir-se à própria garrafa, depois ao copo, aprecia-se a cor e o aspeto
geral.
Aspira-se-lhe seguidamente o "aroma", fazendo-o revelar-se enquanto se gira docemente o copo entre os dedos.
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Quanto à cor, os vinhos podem ser tintos, rosés, claretes, ou palhetes brancos.
Os tintos, por sua vez e conforme a tonalidade, podem ser "retintos", "tintos", "rubis", "tintos alourados", "casca de cebola" e "alourados".
Os brancos podem ser "pálidos", "citrinos", "brancos-palha", "brancos-dourados", etc.
Note-se que a coloração
num vinho não se mantém imutável, antes varia com o tempo. Quanto ao aspeto,
temos de considerar a "limpidez", a "viscosidade" e a
"espuma" ou "rama" (nos vinhos novos).
Quanto à limpidez,
os vinhos podem ser "brilhantes", "límpidos",
"encobertos", "irisados", "enevoados",
"sujos" ou "turvos".
Por "viscosidade" entende-se
a maior ou menor aderência do vinho ao copo, ou seja, a intensidade com que nas
paredes deste se forma a chamada "lágrima", de grande interesse para
apreciação dos vinhos generosos.
A espuma ou rama pode ser apreciada quanto à
cor (incolor, esbranquiçada, rósea, etc.). quanto à persistência (persistente,
fugaz ou evanescente, etc.) e quanto á natureza (fina, grossa, etc.) pelo o
olfacto aprecia-se o "aroma geral" dos vinhos e os diferentes
"cheiros" (os bons: a flores, a fruta, etc.), (os maus: a rolha, a
mofo, a terra, a enxofre, etc.). tintos avalia-se geralmente o bouquet (aroma
resultante da combinação das diferentes essências no decurso da evolução do
vinho, podendo assim ser mais ou menos acentuado); a apreciação dos vinhos
brancos é usualmente efetuada pelo perfume, que pode ser mais ou menos
intenso. Os caracteres gustativos são revelados pelo paladar.
Um vinho deve ser
apreciado quanto à "doçura" (brutos - apenas em relação aos
espumantes, extra-secos, secos, meios-secos, doces, muito-doces e
ajeropigados), quanto à "adstringência" (macios, suaves, aveludados
ou redondos - os não adstringentes; ásperos ou duros - os adstringentes),
quanto à acidez (insípidos, frescos, acidulados e ácidos) quanto ao corpo.
O corpo representa a
sensação de enchimento e riqueza alcoólica do vinho ao paladar: os vinhos ou
são muito ou pouco encorpados; os pouco encorpados também se chamam leves ou
ligeiros.
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